Em uma terra em guerra, havia um rei temido por todos. Os prisioneiros, ele não os matava, levava-os para uma sala onde havia um grupo de arqueiros de um lado e uma imensa porta de ferro do outro, sobre a qual se viam cravadas figuras de caveiras cobertas de sangue. Nesta sala ele mandava os prisioneiros se enfileirarem em círculo e dizia-lhes: "Vocês podem escolher entre morrer transpassados pelas flechas dos meus arqueiros ou passarem por aquela porta e eu trancá-los lá dentro". Todos sempre escolhiam serem mortos pelos arqueiros. Ao terminar a guerra, um soldado que por muitos anos servia ao rei, dirigiu-se ao soberano e perguntou se podia fazer-lhe uma pergunta. "Diga soldado". "O que havia por detrás da assustadora porta?" "Vá e veja por si mesmo". O soldado, então, abriu vagarosamente a porta, e à medida em que o fazia, raios de sol entravam e clareavam o ambiente. E ele surpreso descobriu que a porta conduzia à Liberdade . O soldado admirado apenas olhou para o rei que disse: Eu dava a oportunidade da escolha, mas preferiam morrer a arriscar-se a abrir esta porta.
E assim muitas vezes na nossa vida deixamos que o medo assuma a direção e nos fechamos para mudanças, novas oportunidades e ficamos no conformismo e no comodismo. Não temos nem sequer a curiosidade de tentar para só assim, tentando, saber se daria certo.
Em algumas ocasiões é preciso escolher a porta estreita, o caminho mais ingrime, para vislumbrarmos a liberdade, a alegria.(Virgínia Melo)
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